Composição: Gildo de Freitas
Álbum: Figueira Amiga
Ano: 1982
Nós Todos Somos Iguais
Delicado eu sempre fui
Pra quem tinha boa fé
Tenho ganhado questões,
Só Deus sabe como é
A verdade é minha capa
Também nunca dei um tapa
Que o índio ficasse em pé.
Falado:
- Foi coisas que se passaram pela minha mocidade
quem tem o meu temperamento vive por causalidade
já nasci para ser assim e trouxe dentro de mim o gesto
de autoridade.
E pra ser autoridade,
É preciso ter respeito
E também não se assustar
Com o roupante do sujeito
Eu não carrego bagagem
E o homem que tem coragem
Pra morrer é mais atreito.
Falado:
-Claro! No tempo no lá vai facão
sempre fui um gaúcho bueno
quando os brancos não dançavam
nesses salões de moreno de vereda na
chegada já brigava na entrada para não
perder o treino eu gostava desses bailes
porque a entrada era barata e o sangue
de português sompre gostei de mulata
e elas me admiravam, sorriu me arrodiavam
por eu ser solto das patas.
E eu terminava dançando
E as chinas achando graça
Eu acho que preto e branco
São feitos da mesma massa
Hoje é mansa a mocidade
Existe facilidade
Pra fazer cruza de raça.
Hoje o preto e o moço branco
Tem o viver mais perfeito
Estudam na mesma aula
Não existe o preconceito
Hoje sem haver vexame
Passa pelo mesmo exame
Se formam do mesmo jeito
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E não deixem de conferir também as brigas com Teixeirinha:
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