Dando sequencia a Biografia parte 1
Bueno estamos de volta agora para cumprir mais uma etapa da biografia do Gildo de Freitas portanto vamos a segunda parte.
“Em todas às vezes (foram varias) que foi preso precisou ser arrastado para a cadeia e por muitos policias...”.
Gildo de Freitas ao longo de sua vida nunca agüentou injustiças sem intervir –daquele seu jeito xucro dele. Um cafetão explorando prostituta, um marmanjo impondo sua força contra uma mulher ou uma criança; um sujeito humilhando um bêbado, nada disso era suportável aos olhos do Justiceiro Gildo de Freitas. Politizado, assim que se tornou conhecido no meio regionalista ele se integrou aos comícios de campanha de Getulio Vargas, Leonel Brizola, João Goulart, Alberto Pasqualini entre outros ilustres trabalhistas.
Passou a usar sua música e seu talento nos desafios de trova em prol no que ele acreditava. A trova era a arma para defender seu ponto de vista e do ponto de vista dos fracos e oprimidos. Em seus últimos anos de vida uma das atividades que ela mais praticava era a distribuição de comida aos pobres.
Essa faceta social é bem visível nas músicas que compôs e nos improvisos do repente gaudério tal qual nas músicas “vida brava” e até mesmo no clássico “Eu reconheço que sou um grosso” e “Infância Pobre” entre outras.
Gildo era hábil tanto ao falar sobre o que conhecia, como filosofia campeira, boêmia e casos de amor, quanto ao abordar assuntos aparentemente estranhos a ele , como misticismo, fantasmas, o mundo dos sonhos e até o movimento hippie.
Exemplo disso é a música “Prova de Repentista” do Lp ‘De estância e estância.’
A música começa com um locutor anunciando Gildo de Freitas e pedindo que a platéia desse o tema para os versos do Gildo e saltou logo um gaiato pedindo versos para a vovozinha debochando da capacidade do Gildo em fazer versos pra a vovozinha, o locutor partiu na defesa do Gildo mas como não seria diferente o Gildo de Freitas disse que faria os versos e cantou para a Vovozinha em improviso e deu uma lição no rapaz. Assim era Gildo de Freitas fazia versos sobre qualquer assunto, pessoa, tema, situação. Prova maior que era o maior repentista não do Brasil, mas do Mundo.
Era o improviso a marca de Gildo de Freitas e a partir dessa lógica ele falava e fazia versos sobre o que lhe desse na telha.
Em breve estaremos de volta com a terceira parte da Biografia.
Veja Também:
Biografia parte 1
Biografia parte 3
Biografia Parte 4
sábado, 20 de setembro de 2008
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