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sábado, 11 de outubro de 2008

Biografia-parte 3

Dando seq6uencia a Biografia parte 2:


.... Era o improviso a marca de Gildo de Freitas e a partir dessa lógica ele falava e fazia versos sobre o que lhe desse na telha....

Em 1941 o Gildo casa com dona Carminha e passa a ter morada fixa em Canoas, mas continuam os contratempos com a policia. Gildo e Dona Carminha tiveram 5 filhos: Jorge Tadeu,Neuza de Freitas, Paulo Hermenegildo, José Cláudio e Leovegildo José.

Mas a década de 40 reservava muito sucesso ao Gildo, as trovas aqui no Rio Grande do Sul virou moda a partir de 1930 e dominavam festas, bailes, bares e programas regionalistas de rádio, desde os precursores, lançados pelo poeta Lauro Rodrigues, até os grandes hits da Gaúcha e Farroupilha como o Grande Rodeio Coringa. Havias artistas metidos a repentistas por todos os lados e um público cada vez maior e mais dispostos a avaliá-los entretanto Gildo já se destacava entre eles.Passou a freqüentar os espaços mais nobres dedicados a trovas e ganhar a vida com isso. Apesar de estabelecido em Canoas com Carminha, Gildo não costumava passar longas temporadas em casa. Ganhar a vida com trovas significava viajar por todo estado, apresentando-se para o publico do interior grande consumidor dos desafios de repente Gaúderio.

Era freqüente Gildo encontrar novos parceiros nas rodas de trova no mercado Publico da Capital- que situava-se próximo aos estúdios da Radio Farroupilha e servia de ponto de encontro dos músicos regionalistas- e com eles partir em viagens Rio Grande adentro.

As aventuras incluam shows, desafios, brigas e muitas outras fanfarronices- e também o leite das crianças, que nesse tempo ficavam em casa com a mulher. A foto ao lado é o resultado de uma de suas aventuras, na volta recebe a atenção e cuidados da dona Carminha.

Por volta de 1948/1949 desaparece de casa e chega a ser dados como morto na capital gaúcha mas reaparece na fronteira gaúcha. Em longa temporada passada no Alegrete, mal consegue caminhar, com problema de paralisia nas pernas. Em uma comemoração de eleição em Alegrete é carregado em uma cadeira para se apresentar já que não consegue caminhar. Mas não impediu contato com pessoas ilustres do Rio Grande do Sul e fronteira Oeste, como Salgado Filho, Rui Ramos, Dr. Salvador Pinheiro Machado. Salgado Filho gostou tanto do Gildo e de seus versos que lhe prometeu passagens áreas para qualquer lugar do Brasil. E por causa desse desaparecimento compõe carta pra mamãe e Casinha do Pé de Umbú.

Em São Borja em 1950 conhece Getulio Vargas e entra em sua campanha política e por essa aproximação a policia para de perseguir, depois de ser detido umas quarenta vezes ao longo da sua vida até então mas orgulhoso por jamais ter entrado em pé em uma cadeia.

E em 1953/1954 Gildo conhece Teixeirinha(1927-1985). Com quem estabeleceu entre 1955/1959 o que o artista mais popular do estado chamaria bem ao seu jeito de “uma parceria completa, dessas em que se mergulha de pé, barriga e cabeça”.

Sobre essa parceria, Nico Fagundes (apresentador do Galpão Crioulo) em depoimento recente ao jornal Zero Hora, escreveu que um duelo de versos entre Gildo de Freitas e Teixeirinha podia durar horas e muitas vezes ficava sem vencedor. Um depoimento que mostra que Teixeirinha também era um exímio repentista. Mas Teixeirinha focou famoso como cantor e compositor e Gildo ganhou fama como trovador.

. Lamentavelmente não existe nenhuma gravação com estes duelos, imagine o valor histórico que uma gravação dessa teria hoje. Mas temos uma foto do Gildo e Teixeirinha em uma apresentação no inicio da carreira dos dois.

Por volta de 1955 muda-se para o bairro Passo do Feijó e abre seu primeiro bolicho.

Em breve a quarta parte da Biografia do Gildo de Freitas.


Veja também:


Biografia parte 1:

Biografia parte 2:

Biografia parte 4:

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