Pesquisa personalizada

sábado, 8 de novembro de 2008

Biografia -4(Final)

Dando seqüencia a Biografia parte 3:

... 1955 muda-se para o bairro Passo do Feijó e abre seu primeiro bolicho.


Com o declínio dos programas de radio ao vivo em 1961/1962, o Gildo de Freitas resolve largar a profissão de Trovador e resolve criar porcos. Mas como seu talento era para a música e repentismo e não para criação de suínos em seguida larga a vida de criador de porco e volta a lidar com trova e músicas. A música Cobra Sucuri de sua autoria e que Teixeirinha gravou em um Lp de 1963 “Teixeirinha Interpreta músicas de Amigos” chama a atenção do produtor da gravadora de nome Pereira e o Gildo é convidado a gravar um disco.


Em 1964 viaja a São Paulo para gravar o primeiro Lp, “Gildo de Freitas o Trovador dos Pampas” com clássicos como Acordeona , Baile do Chico Torto, Historia dos Passarinhos e que jeito têm a Mariana. Alias antes de provocar o Teixeirinha, Gildo com a música Que Jeito têm a Mariana, provocou Pedro Raimundo.

Já em 1965 é lançado o segundo Lp “O Trovador dos Pampas -Vida de Camponês” entre outras músicas estava Baile de Respeito que é a primeira música gravada pelo Gildo em provocação ao Teixeirinha.

Mantendo o ritmo é lançado o terceiro Lp Desafio do Padre e o Trovador, onde Gildo trovou com o então padre Rubens Pillar( Que no fim dos anos 60 inicio de 70, largou a batina e casou, e foi Prefeito de Alegrete por 3 mandatos, ex deputado estadual, falecido recentemente), ainda tinha outros sucessos como definição dos Grito e também a presença de uma resposta ao Teixeirinha.


Gildo estava então atingindo o sucesso, muitas viagens mas volta e meia precisava ficar hospitalizado devido aos problemas nas pernas e no pulmão.


Em 1968 chega o quarto Lp “Gildo de Freitas E Sua Caravana” e segue as provocações e respostas ao Teixeirinha.


Em 1969 é lançado o quinto Lp “De Estância em Estância” com mais uma provocação ao Teixeirinha “Resposta da Milonga” uma provocação ao sucesso do Teixeirinha que era “Milonga da Fronteira” e a briga estava chegando ao auge e o sucesso dessa tática era evidente pois até hoje essas trocas de versos gera repercussões.


A década de 70 marca o auge de Gildo de Freitas e as brigas com Teixeirinha começam a esquentar não mais sendo tática para vender discos e sim provocações de verdade. Entre 1970 e 1980 ele grava mais oitos Lps entre ele sucessos como o Ídolo e Rei do Improviso. Mas seguem as complicações de saúde e até capa de disco ele fotografou em Hospital e reza a lenda que até Baile fez para a doentada animando o Hospital.

Em 1977/1978 é inaugurada a churrascaria Gildo de Freitas em Viamão(foto) e nesse tempo ainda existia o Rodeio Gildo de Freitas onde os peões tinha que provar que eram bons para ficar em cima dos cavalos “velhacos” como o Gildo mesmo dizia.

Em 1981 ele grava o lp Rei dos Trovadores e segue os contratempos com a saúde a briga com Teixeirinha é amenizada um pouco mas não impediu a “Resposta da Adaga de S”.


Em 1982 são realizadas a ultima gravação, trata-se do Lp “Figueira Amiga” pela

continental com a ultima provocação ao Teixeirinha com a música “Que negrinha Boa” e claro com a música Figueira Amiga. Em novembro de 1982 é levado aos estúdios da RBS TV por Antonio Augusto Fagundes e Ivan Trilha para sua ultima aparição pública em um Galpão Crioulo, além do apresentador Nico Fagundes estava as gauchinhas missioneiras e os Serranos. Foi a ultima oportunidade de ver Gildo de Freitas, sua última apresentação e talvez a única onde se viu ele debilitado e conformado.


Mas sua trova final foi em São Borja em data e local desconhecido para mim. Essa trova ficou conhecida como “Mensagem Final” que está em um Cd de nome “Rodeio Gildo de Freitas – Mensagem Final” da Usa discos lançado em 2001, nessa apresentação fez versos em uma apresentação de mais de oito minutos praticamente se despedindo. Fique com um trecho da música:


....eu não vim pra essa terra

Pra dar pesar pra ninguém

Eu queria cantar sorrindo

E ver vocês sorrindo também....


...Eu vou parar não roubo espaço

Porque têm outros valores

Que são assim que nem eu

Nasceram para ser cantores.


Morreu em 4 de dezembro de 1982 e foi sepultado dia 6 dezembro em Viamão no cemitério velho.


Dia 4 de Dezembro que também foi a data da morte de Teixeirinha em 1985 foi declarado pela assembléia legislativa do Rio Grande do Sul projeto aprovado em 1989 de autoria do deputado Joaquim Moncks. A lei estadual 8814, de 10 de janeiro de 1989, essa lei fixa o 04 de dezembro DIA DO POETA REPENTISTA GAÚCHO e do ARTISTA REGIONAL GAÚCHO. E seus patronos Gildo de Freitas e Teixeirinha.


Veja também:

Biografia parte 1:
Biografia parte 2:
Biografia parte 3:
Discografia:
Fotos:

7 comentários:

Anônimo disse...

Ah, quem dera se o Teixeirinha e o Gildo tivessem vivos...Iriam ensinar esse povinho que acha que é cantor a cantar...

TIGRÃO disse...

Quem procura concerteza encontra...Encontrei um poco do meu passado estaimortal trovador Gildo de Freitas... quando eu criança ele alegrava meu rincão Fazenda maracaja Sobral(Ce)nos finais do dia pela radio tupinambá de sobral

Funilaria Arte na Lata disse...

gildo gildo gildo te amo imortal,tempos bom aqueles que eu te escutava quando era criança e fazia serenatas a minha vozinha deus te ilumineeee

Funilaria Arte na Lata disse...

gildo gildo gildo te amo imortal,tempos bom aqueles que eu te escutava quando era criança e fazia serenatas a minha vozinha deus te ilumineeee

eder disse...

qual foi exatamente a causa da morte do gildo, li que ele tinha problemas pulmonares e uns problemas nas pernas, mas que doença exatamente afeta pulmões e pernas, ou se era doenças separadas,, se alguem puder me responder eu agradeço de coração

Jaison disse...

Eder, a razão da morte do Gildo de Freitas foi insuficiência~encia respiratória.

O problema nas pernas, era de muito tempo, por muitas vezes ele esteve impossibilitado de andar.

Gabss disse...

Estava lendo algumas coisas a mais sobre o Gildo,acabei chegando nesse blog..
Primeiramente quero dizer que adorei o que vocês escreveram,eu que acompanho a carreira desse grandioso cantor,fico muito feliz que ainda há esse carinho por ele.
E também queria dizer,que sou filho de um grande amigo de Gildo, meu pai se chama Martinzinho,ele era trovador,companheiro e também compadre de teixeirinha.
Meu pai sempre teve amor a trova,mas nunca quis deixar a familia pra ir correr atrás,mas contam os antigos e até minha propria mãe que Gildo respeitava meu velho pai na trova,que já cantaram juntos la em casa várias vezes..
Eu era muito pequeno,mas cresci ouvindo que eles se conheceram no parque osório num festival de trova e ficaram bem amigos.
Contava meu pai que cantaram por 4 horas e ninguem ganhou a tal da trova. Martinzinho deu a trova pro Gildo e vice versa.
Meu pai conheceu e trovou com vários trovadores,Valdormiro Mello,Gato Preto,Formiguinha,Tereco de Oliveira,Inacio Cardoso,Portela De La Vi,Rato Branco e outros mais.
Se alguem da epoca lembra,comente algo ou tente entrar em contato.
Martinzinho nunca foi proficional mas foi um dos maiores tradicionalistas que o Sol esquentou no Rio Grande. Abraços,Ismael Martins.