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domingo, 20 de dezembro de 2009

Gildo de Freritas Vs. Teixeirinha XII

Antes de mais nada para quem está chegando agora no Blog Gildo de Freitas convido-os para visitar os seguintes posts:


Gildo vs. Teixeirinha I

Gildo vs. Teixeirinha II

Gildo vs. Teixeirinha III

Gildo vs. Teixeirinha IV

Gildo vs. Teixeirinha V

Gildo vs. Teixeirinha VI

Gildo vs. Teixeirinha VII

Gildo vs. Teixeirinha VIII

Gildo vs. Teixeirinha IX

Gildo vs. Teixeirinha X

Gildo vs. Teixeirinha XI


Durante todo o ano tratei no Blog Gildo de Freitas a conturbada relação entre Gildo de Freitas e Teixeirinha e com este artigo encerro essa briga, ao menos aqui no Blog.


Compadre?


Em 1982, Gildo de Freitas no dia 04 de dezembro falecia em casa, dando um ponto final na conturbada relação entre os dois maiores nomes da música do Rio Grande do Sul. Mas nem mesmo a morte do Gildo não determinou o fim das polemicas.


Depois da morte do Gildo, Teixeirinha compôs e gravou “Compadre Gildo” onde relata sua versão sobre sua relação com o Gildo, entretanto essa música não consta em nenhum dos 5 Lps que Teixeirinha gravou depois da morte do Gildo mostrando um certo desdém comercial em relação a essa música. A seguir fiquem com a letra.


Compadre Gildo


Compadre Gildo de Freitas

Encerraste a carreira

Acabou a nossa guerra

Que era pura brincadeira

Agora estás lá no céu

Junto a nossa padroeira

No jardim da santidade

Aceite toda a saudade

Do teu compadre Teixeira


Pediste a terra pro corpo

Antes da extrema unção

Também comungo contigo

Quando eu morrer quero o chão

Mas quero é falar de ti

Na minha composição

Gildo eu digo com certeza

Mais um selo de tristeza

Que gruda em meu coração


Compadre Gildo de Freitas

Ouça bem o Teixeirinha

Está te mandando um beijo

A tua esposa Carminha

O Jorge , o Zeca e o Paulo

O Geneco e a Neusinha

Teus cinco filhos e netos

Os donos dos teus afetos

Também da saudade minha


Na estância grande do céu

Onde te encontras agora

Junto aqueles trovadores

Que a tempo já são outrora

Vão fazer versos contigo

Prá cristo e nossa senhora

O Cardoso na sanfona

O Tereco se apaixona


Compadre gildo de freitas

O rio grande está chorando

Sentindo a falta de ti

E o povo se lamentando

Não vão ouvir mais nós dois

Em versos se debicando

Eram duelos de idéias

Prá divertir as platéias

E nós como irmãos se dando


Foi grande a nossa amizade

E disso nunca eu esqueço

Sempre nos queremos bem

E querer bem não tem preço

Mas tu partiste com deus

Mudaste de endereço

Com cristo tu te refez

Quando chegar minha vez

Compadre gildo apareço.


- - - - - - - - - - - - - - - - - -


Destaquei “eram duelos de idéias” pois isso era um dos fatores das brigas, Gildo de Freitas e Teixeirinha tinha uma visão da vida e de suas carreiras completamente diferentes.

O Rei dos Trovadores desde a década de 40 até sua morte foi um amador, fazia mais pela paixão do que pelo dinheiro e sempre que foi possível ajudou outros músicos cedendo suas composições. Nunca foi ambicioso, jamais colocou o dinheiro ou a carreira acima da família e amigos.

Já o Rei do Disco era um profissional, aficionado pelo sucesso e que tinha um enorme talento para música e tino para os negócios, construiu graças a seu profissionalismo um bom patrimônio.


Gildo mesmo com o sucesso sempre viveu de forma humilde e Teixeirinha como fruto do seu talento fez do sucesso fortuna.


Um episódio, que retrata o lado “amador” do Gildo foi quando ele e alguns músicos estavam em uma Kombi na BR 116 indo a a Pelotas onde tinham hora marcada para uma apresentação. Como haviam atrasado a saída de Porto Alegre eles já chegariam a Rio Grande na hora do show. Mas vendo na estrada uma Pitangueira repleta de frutos, Gildo de Freitas não teve duvidas mandou o motorista parar a Kombi para ele colher e comer as pitangas. Todos no veiculo tentaram dissuadir o Gildo já que com a parada eles iriam atrasar e perder o show. Mas Gildo já saltando da Kombi rumo a pitangueira disse a todos que shows e apresentações ele podem ter qualquer dia, mas pitanga madura e no ponto de colher é só uma vez ao ano.


Um ponto a se destacar é que a rivalidade não se devia a um invadir o espaço do outro ou seja o sucesso de um não era o fracasso do outro, eles ocupavam espaços diferentes e cada um tinha seu publico cativo. Gildo de Freitas nunca foi uma ameaça em termos de vendas de discos ao Teixeirinha, na verdade o único que chegou perto dos números do Rei do Disco foi José Mendes. Pode ser que as tais brigas como estratégia de marketing tenha obtido sucesso, criando até Gildenses e Teixeirinhenses(desculpe esse meu momento de sofismo) uma espécie de torcida para cada um, mas isso foi de fato explorado amistosamente somente no inicio da carreira do Teixeirinha.


Mas alguns leitores devem estar perguntando sobre o ponto de interrogação no titulo, afinal Teixeirinha até escreveu uma música em homenagem ao Gildo de Freitas.


Em toda polêmica temos que ouvir a outra versão. Apesar do suposto afeto ao Gildo e sua família, Teixeirinha, ou melhor, Vitor Mateus Teixeira não foi ao enterro do Gildo de Freitas tão pouco ao velório, um gesto de ingratidão à pessoa que o mais o ajudou quando Teixeirinha era um ilustre desconhecido e iniciante perambulando em busca de espaço na radios Farroupilha e Gaúcha, cujo espaço Gildo de Freitas já havia conquistado. Ainda nos anos 50, Gildo de Freitas deixou sua esposa Carminha e seus filhos em Porto Alegre para viajar com Teixeirinha pelo Rio Grande do Sul, para que com as apresentações, Teixeirinha juntasse dinheiro suficiente para se casar com a Zoraida que foi única mulher com quem Teixeirinha se casou. Carminha relata em seu livro que passou muitas necessidades com seus filhos já que muitas vezes não tinha como se manter.


Na época Teixeirinha alegou que não foi ao velório e ao enterro, pois temia ser mal recebido, entretanto sabemos que a morte do Gildo foi de tal comoção que a aparição do Teixeirinha seria a prova maior que de fato eles eram amigos e companheiros e Teixeirinha solidário a família e amigos do Gildo, mas Teixeirinha preferiu se esconder e fomentar ainda mais as fofocas e gerar esse ressentimento por parte da família do Gildo de Freitas. Sem duvida mais uma atitude equivocada do Teixeirinha. Mais uma vez os negócios em primeiro lugar.


Adão José de Souza mais conhecido como Formiguinha era um grande amigo do Gildo de Freitas e de sua família. Cantor, compositor e trovador foi parceiro muitas vezes do Gildo nas trovas, apresentações, shows e principalmente na Radio Metrópole. Pois Formiguinha gravou uma música em resposta para “Compadre Gildo” do Teixeirinha.


Formiguinha até sua morte em 1990 foi fiel a memória do Gildo e sempre se manteve-se próximo a família do Gildo de Freitas.


Fiquem com a letra:


Pedido de Amigo


Peço desculpa pra o povo

Eu não escondo segredo

De um artista que eu conheço

Que é metido a bicharedo

Fala no disco e no radio

Derruba qualquer rochedo

É cantador criativo

Mas quando o gildo era vivo

Tremia a perna de medo


Fizeste letras para o Gildo

Resposta tu recebeu

Criticavas tanto ele

Agora tu te esqueceu

Reza no disco e no radio

Depois que o homem morreu

Que tamanha falsidade

Tais faltando com a verdade

Ele não era amigo teu


E agora vem com desculpas

Que eras amigo do homem

Fez uma letra e gravou

Só para aproveitar o nome

Mas não te esqueça que um dia

A tua alma se some

Se acaba a vida granfina

Teu orgulho se termina

E a matéria a terra come


E as letras que fez pra o Gildo

Deixou o povo revoltado

Fizeste a adaga de ése

E o cachorro recalcado

Um tal de facão três listas

E até um relho trançado

Jogava as pedras no homem

E agora aproveita o nome

Depois do corpo enterrado


O povo todo compreende

Que tamanha falsidade

Nem no enterro tu foi

Veja que barbaridade

E hoje tu diz meu compadre

To morrendo de saudade

Mas a família dos Freitas

Mandou eu te dar a receita

Provando a minha amizade


Enquanto o Gildo foi vivo

Deixaste ele num canto

Tu nunca ajudou ninguém

E o Gildo ajudou tantos

E hoje perante o povo

Estais querendo bancar o santo

Só tens dinheiro e cartaz

O que tu fez não se faz

Juro pro povo eu não garanto


Tu és artista ricaço

Tua vida é um paraíso

Mas és ruim barbaridade

Nada de ti eu preciso

Só quero te dar um conselho

Que barbado eu não aliso

O Gildo foi tão fiel

E tu és cobra cascavel

Que vive batendo guizo


Adeus o Gildo de Freitas

Eu atendi o teu pedido

Eu sempre fui teu amigo

Sincero, honesto e querido

Eu só estou dando a resposta

Pra um tipo prevalecido

Desculpe o seu Formiguinha

E o resto pergunte a Carminha

Viúva do falecido


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No Disco Teixeirinha não respondeu essa música e nunca mais tocou no assunto Gildo de Freitas. Em breve entrevista ao jornal Zero Hora no ano de 1982 Teixeirinha ainda tentou explicar um pouco sobre sua relação com o Gildo, afirmando que era amigos e que sempre olhavam um para o outro. Mas sabemos que isso não era verdade, já que nas inúmeras internações em hospitais do Gildo de Freitas, não há relatos de que alguma vez Teixeirinha tenha ido visitá-lo.

Nos anos de 1983 e 1984 Teixeirinha começava a enfrentar uma serie de problemas, após Mary Terezinha abandoná-lo para se unir ao mentalista Ivan trilha e em 1985 começava a sofrer também com problemas de saúde e por ironia do destino num mesmo 4 de dezembro, Teixeirinha falecia no hospital moinhos de vento em Porto Alegre. Definitivamente a briga entre eles estava encerrada, mas entre seus fãs, ela continua até hoje.


No Rio Grande do Sul, por tradição em tudo ha uma dicotomia, foi assim na política (que perdura até os dias de hoje), no futebol e agora na música no que se trata a relação entre Gildo de Freitas e Teixeirinha. Existe realmente entre os fãs mais aficionados uma defesa apaixonada de seu ídolo que leva ele a atacar o outro. Assim é entre fãs de Gildo e Teixeirinha. Conheço fãs do Gildo de Freitas que destratam Teixeirinha e do mesmo modo fãs do Teixeirinha que destratam a memória do Gildo de Freitas. Mas justiça seja feita a aqueles que admiram os dois e felizmente são a maioria.


Desta forma encerro a serie de artigos, efetivamente eles não são definitivos, são apenas um ponto de vista sobre a relação Gildo de Freitas e Teixeirinha, eventualmente posso estar equivocado, mas tudo o que escrevi fora inspirado em recortes de jornais, livros e especialmente testemunhos de quem viveu e conviveu tanto com Gildo de Freitas e Teixeirinha.

2009

Com a postagem acima encerro as atividades do Blog neste ano de 2009. Finalmente conclui o artigo e agora a serie Gildo de Freitas Vs. Teixeirinha está encerrada.

Este ano de 2009 foi extremamente positivo para o Blog, chegamos a marca de 120 letras postadas aqui no Blog Gildo de Freitas. Do dia 1º de janeiro até o dia de ontem obtivemos 47.171 visitas e aqui agradeço a todas as pessoas que passaram por este blog.

Ainda nessa semana o João Filme e Cinema (http://wwwmemoriadoartistagaucho.blogspot.com)
enviou-me a seguinte capa do Formiguinha:




Não posso deixar de aqui planejar o 2010, talvez o derradeiro ano do Blog Gildo de Freitas, sem prazos determinados mas a meta é postar aqui todas as letras do Gildo de Freitas ao longo de todo 2010. Volto a postar em março, então lá desejo a todos um feliz Natal e um prospero ano novo.

Dessa forma encerro as postagens nesse ano de 2009, agradeço em especial aos meus amigos e colaboradores, Arnaldo Guerreiro, Claudiomar Oliveira, Pedrinho Mendes, Junior Fernandes, Brasilano Teles de Moura, João Filme e Cinema, Jorge Fraga, Tiago Ritzmann Engel e a todos que de alguma forma colaboram com conteúdo para este Blog.

Att.

Jaison


domingo, 13 de dezembro de 2009

Gildo de Freitas – Nós Todos Somos Iguais

Composição: Gildo de Freitas

Álbum: Figueira Amiga

Ano: 1982


Nós Todos Somos Iguais


Delicado eu sempre fui

Pra quem tinha boa fé

Tenho ganhado questões,

Só Deus sabe como é

A verdade é minha capa

Também nunca dei um tapa

Que o índio ficasse em pé.


Falado:

- Foi coisas que se passaram pela minha mocidade

quem tem o meu temperamento vive por causalidade

já nasci para ser assim e trouxe dentro de mim o gesto

de autoridade.


E pra ser autoridade,

É preciso ter respeito

E também não se assustar

Com o roupante do sujeito

Eu não carrego bagagem

E o homem que tem coragem

Pra morrer é mais atreito.


Falado:

-Claro! No tempo no lá vai facão

sempre fui um gaúcho bueno

quando os brancos não dançavam

nesses salões de moreno de vereda na

chegada já brigava na entrada para não

perder o treino eu gostava desses bailes

porque a entrada era barata e o sangue

de português sompre gostei de mulata

e elas me admiravam, sorriu me arrodiavam

por eu ser solto das patas.


E eu terminava dançando

E as chinas achando graça

Eu acho que preto e branco

São feitos da mesma massa

Hoje é mansa a mocidade

Existe facilidade

Pra fazer cruza de raça.


Hoje o preto e o moço branco

Tem o viver mais perfeito

Estudam na mesma aula

Não existe o preconceito

Hoje sem haver vexame

Passa pelo mesmo exame

Se formam do mesmo jeito


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Para conhecer mais letras e saber informações sobre as músicas do Gildo de Freitas acessem:

http://gildodefreitas.blogspot.com/2008/06/listagem-oficial-de-msicas.html


Para conhecer a trajetória pessoal e musical do Gildo de Freitas acessem sua Biografia:

http://gildodefreitas.blogspot.com/2008/06/biografia-do-gildo-parte-1.html


E não deixem de conferir também as brigas com Teixeirinha:

http://gildodefreitas.blogspot.com/2008/11/gildo-vs-teixeirinha-i.html

Gildo de Freitas - Não me faças sofrer

Compositor: Gildo de Freitas:

Álbum: Gildo de Freitas

Ano:1973


Não me faças sofrer


Moreninha linda não me faça eu chorar
Por que eu vim neste mundo,
Moreninha linda foi para te amar
A paixão que eu tenho no meu peito não fica
Por isso é que eu venho,
Por isso é que eu venho, moreninha linda.


Moreninha linda não me faça chorar
Por que eu vim neste mundo,
Moreninha linda foi para te amar


Vem contar o que sente este meu coração
Não há quem agüente
Não há quem agüente uma dor da paixão
Desde quando nos vimos naquela festança
O meu coração
O meu coração, sofre não descansa.


Moreninha linda não me faça chorar
Por que eu vim neste mundo,
Moreninha linda foi para te amar


O meu rancho esta feito fui eu mesmo quem fiz
E eu não te desprezo
Todas as noites rezo pra nois ser feliz
Eu sou quero morena a sua decisão
Me responda que sim
Tenha dó de mim não digas que não.


Moreninha linda não me faça chorar
Por que eu vim neste mundo,
Moreninha linda foi para te amar

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Para conhecer mais letras e saber informações sobre as músicas do Gildo de Freitas acessem:

http://gildodefreitas.blogspot.com/2008/06/listagem-oficial-de-msicas.html


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Gildo de Freitas - Não posso viver sozinho

Compositor: Gildo de Freitas:

Álbum: O Trovador dos Pampas -Vida de Camponês

Ano: 1964


Não posso viver sozinho


Menina escute estes versos que foi feito para ti
Depois que eu te conheci não posso viver em paz
Tu me disseste que casarias comigo
Que eu fosse bom amigo e não te esquecesse jamais


Você querendo vai morar no meu ranchinho
Não posso viver sozinho eu preciso ter alguém
E nesses versos fica a cosa esclarecida
Tudo que eu tenho na vida você vai saber meu bem


Eu tinha um rancho que fui eu mesmo que fiz
Para nos ser feliz pro ranchinho não falta nada
Eu tenho vaca e cavalo no potreiro
Porco gordo no chiqueiro arvoredo e galinhada.


Tenho um jardim que é todo meu encanto
De manhã quando alevanto me enterto molhando as flores
E tu querendo ser todinha para mim
Te darei o meu jardim em troca do seu amor.


Meu próprio nome também darei a metade
E falarei a verdade na presença de teus pais
Nois casaremos no civil e religioso
Sinto orgulhoso em ser esposo de quem não esqueço mais.


Agora sim só basta tu resolver
Por carta me responder se estais de acordo comigo
Se der o sim eu ficarei mais contente
Viverão eternamente nossos corações amigos.

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Gildo de Freitas – Não Dê um Presente Errado

Composição: Gildo de Freitas

Álbum: O Rei dos Trovadores

Ano: 1981


Não Dê um Presente Errado


Minha querida afilhada

Eu te trouxe um presentinho

Muito humilde, mas sincero,

Enrolado num versinho

Com ele podes escreveres

As cartas pra saberes

Noticias do teu padrinho.


A caneta eu considero

Um presente macanudo

Para te dar incentivo

No caminho dos estudos

As canetas relíquias

Pois levam e trazem noticias

Dão definição de tudo


E eu vendo o teu capricho

Que o estudo continuas

Que não pendes pro destino

Das criancinhas das ruas

Vou dar-te a canetinha

Pra receber as cartinhas

Trazendo noticias tua.


Só quero que tuas cartas

Me encham de encantos mil

Dizendo assim meu padrinho,

O meu mundo estudantil

Vai correndo a disparada

Me formei advogada,

Conheço as leis do Brasil.


E ainda tenho guardada

A caneta por lembrança

Que foi para meus estudos

Incentivo e esperança

Zelo com todo carinho

Enxergo nela o padrinho

E o meu porte de criança.


E o senhor que é padrinho

Que adora o seu afilhado

Quando deres um presentinho,

Não de um presente errado

Não de pra ele um facão

Pistola nem baioneta

Para incentivo no estudo

De pra ele uma linda caneta.


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(Agradeço ao Valderi Preuss por enviar para o Blog Gildo de Freitas a letra desta música)


Para conhecer mais letras e saber informações sobre as músicas do Gildo de Freitas acessem:

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domingo, 6 de dezembro de 2009

Ausencia

Pois justamente na semana em que encerraria a serie de artigos sobre Gildo de Freitas e Teixeirinha tenho que vir aqui para justificar a ausência do ultimo artigo.

Por razões profissionais tenho tido pouco tempo para atualizar o blog desde Agosto, por isso não tenho publicado nada de novo aqui, com exceção das letras e da serie "Gildo de Freitas x Teixeirinha". Porém como havia deixado a maioria dos artigos prontos, a única tarefa que restava era simples, só postar.

Chegando a primeira semana de dezembro, semana essa que também marcava na sexta feira, 27 anos do falecimento do Gildo de Freitas, o ultimo artigo não está pronto para a publicação. Peço desculpas a todos vocês.

Espero concluir nas próximas duas semana devendo publica-lo no dia 20 de dezembro.

Jaison